Síndrome do ovário policístico pode causar infertilidade

A síndrome do ovário policístico, conhecida como SOP, é uma das principais causas de infertilidade feminina no mundo. Caracterizado basicamente pela presença de muitos óvulos no ovário, o problema dá sinais fáceis de serem identificados, mas muitas mulheres só se dão conta quando encaram a dificuldade de engravidar.

A doença é diagnosticada por uma análise médica chamada tríade. A presença de muitos folículos no ovário, associada à não ovulação ou irregularidade menstrual e ao aumento de hormônios masculinos na circulação da mulher, permite constatar a SOP. O primeiro passo é fazer a ultrassonografia para checar o excesso de óvulos, por isso é tão importante estar atenta aos sintomas e buscar ajuda especializada assim que desconfiar.

Normalmente, a doença é descoberta entre os 18 e 35 anos da mulher, período em que a ovulação deveria acontecer naturalmente. Menstruar quinzenalmente ou cada 90 dias não é normal e pode ser um sinal de que algo está errado. Além da irregularidade, o aumento de hormônios androgênicos como a testosterona é um sintoma bastante perceptível. A paciente pode percebê-lo por meio de sinais como pelos no rosto, braço ou na barriga, alteração na voz, ganho de peso e aumento da libido.

Além da infertilidade, ao longo prazo a SOP pode desencadear sérios problemas como câncer de endométrio, diabetes e enfermidades no útero, portanto, deve ser tratada o quanto antes. A síndrome não tem cura, mas possui tratamento crônico para controlar os sintomas e permitir uma vida saudável à paciente, inclusive com direito a maternidade.

Atualmente, temos diversos os tratamentos, mas o mais comum é a indução da ovulação e a correção dos hormônios masculinos, ambas por meio de medicação.

Dr. Luiz Fernando Carvalho é ginecologista especializado em reprodução humana e endometriose. Doutor pela Cleveland Clinic, Universidade de São Paulo e Pós Doutor por Harvard, o médico é diretor da clínica Baby Center, além de membro da Sociedade Americana de Reprodução Humana (ASRM), Sociedade Europeia de Reprodução Humana (ESHRE) e Sociedade Americana de Laparoscopia Ginecológica (AAGL).

 

Dr. Luiz Fernando Carvalho



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