Saiba quais exames podem diagnosticar a infertilidade na mulher

Exames para diagnosticar a infertilidade não é assunto só para “tentantes” ou mulheres que desejam engravidar e não conseguem. O tema deve ser de interesse de todas, principalmente daquelas que pensam em engravidar mais tarde, pois quanto antes for identificado algum problema, mais rápido será realizado o tratamento e as chances de gravidez aumentam. Nesse ultimo caso conhecemos como check-up da fertilidade.

A principal variável para medir a fertilidade feminina é a idade, mas outras questões podem influenciar, como fatores genéticos, disfunções hormonais e até o estilo de vida. Para identificar se há alguma alteração na fertilidade, além dos exames ginecológicos rotineiros, é necessário realizar exames específicos.

Exames para identificar fatores de risco que podem levar a diminuição da fertilidade feminina:

Teste de reserva ovariana: esse exame serve para indicar a capacidade ou reserva ovariana da mulher. Ele é feito a partir da coleta comum de sangue e o objetivo é medir a dosagem de hormônio antimulleriano, que estima a quantidade de óvulos da mulher. O segundo exame realizado é um ultrassonografia simples que calcula a contagem de folículo antral.

Perfil Vaginite: por meio deste tradicional exame feminino, é possível identificar bactérias que podem diminuir as chances de engravidar. Ultrassom transvaginal: esse exame permite diagnosticar problemas uterinos que podem atrapalhar a gravidez futuramente.

Exame de toque + análise de parâmetros clínicos: a síndrome do ovário policístico (SOP) e a endometriose são doenças que podem estar diretamente ligadas à infertilidade. No entanto, não existem exames específicos para identificá-las, mas sim uma análise de fatores de risco, como cólicas muito fortes e dor durante as relações sexuais – no caso da endometriose-, e irregularidade menstrual e aumento de hormônios masculinos na circulação da mulher – no caso de SOP. O exame de toque também é importante, pois ajuda a identificar alterações associadas a essas enfermidades.

 

Vale lembrar, que um parâmetro importante para o diagnóstico de infertilidade é o tempo de tentativa. Para a mulher que tem até 35 anos de idade, o período ideal é de até um ano. Acima dessa idade, o tempo de tentativa cai para seis meses. Ao passar esses períodos, o casal deve buscar orientação do especialista em reprodução humana, pois algo pode estar errado com a fertilidade.

Quando identificada a dificuldade para engravidar, o médico deve seguir com os exames para diagnóstico de possíveis problemas associados à fertilidade da mulher, que são feitos de acordo com o que se deseja investigar: fatores anatômicos, hormonais ou ovarianos.

 

Exames para diagnosticar fatores anatômicos:

  1. Ultrassonografia endovaginal: trata-se de uma ultrassonografia vaginal, que é um instrumento importante para avaliar anormalidades ovarianas e uterinas. Por meio desse exame, pode-se diagnosticar uma série de problemas como miomas uterinos, anomalias estruturais, alterações funcionais e anatômicas do endométrio, cistos, tumores, ovários policísticos e endometriomas.
  2. Histerossalpingografia: É um raio-x contrastado para avaliar as trompas e cavidade uterina da paciente. Ele pode identificar a presença de pólipos, estenoses, aderências, malformações uterinas, obstruções tubárias e lesões mínimas tubárias. Se notado alguma anormalidade nesse exame, o médico especialista em reprodução humana pode solicitar a laparoscopia e histeroscopia para auxiliar na avaliação.
  3. Videolapararoscopia: é um exame mais complexo, feito sob anestesia geral. Trata-se de uma microcâmera introduzida no abdômen por meio de uma incisão mínima, onde o objetivo é visualizar detalhadamente o aparelho reprodutivo feminino. Com ele, é possível avaliar a permeabilidade tubária e verificar se há aderências e endometriose.
  4. Histerossonografia: é um exame de ultrassom em que um cateter é colocado no útero da paciente por via vaginal, onde expele um fluído que auxilia o médico na visualização do órgão. A histerossonografia ajuda a identificar lesões como miomas, endometriose ou pólipos.

 

Exames para diagnosticar fatores hormonais e de ovulação:

  1. Ultrassonografia transvaginal seriada: esse exame é repetido algumas vezes durante o ciclo ovulatório com o objetivo de visualizar se há a rotura do folículo, isto é, se ele libera o óvulo normalmente, como deveria ser numa ovulação “normal”.
  2. Dosagem hormonal: é realizada durante o ciclo menstrual para verificar se existe ovulação e para avaliar quando ela ocorre, bem como a sua qualidade. Geralmente, os hormônios administrados para essas finalidades são o FSH, LH, Prolactina, Estrogênio e Progesterona, entre outros.
  3. Biópsia de endométrio: pequena retirada de tecido endometrial feita por meio de videohisteroscopia por volta do 24º dia do ciclo menstrual. Além da análise mais apurada do endométrio, a biópsia permite avaliar a ação efetiva dos hormônios.

 

Esses são exemplos de exames que podem ou não ser solicitados pelo médico especialista em reprodução humana. Confie no profissional que te acompanha e, caso suspeite de algum problema com a sua fertilidade, entre em contato com o Baby Center (www.babycenter.med.br ), será um prazer ajudar você!



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